[PT] O que o público deve ver é uma visita guiada imaginária pelas ruas, os monumentos e os locais cultos de Lisboa.
Através da escolha de textos de diferentes autores, o público será guiado no Grand Théâtre de la Ville du Luxembourg como se estivesse a caminhar por dentro da capital portuguesa que hoje atrai tantos turistas. O público viaja mentalmente nesta Lisboa do Fernando Pessoa e mais amplamente no Portugal de Almeida Garrett, Antonio Tabucchi, Luís de Camões, e de Tiago Rodrigue, é também fazê-lo descobrir, ou redescobrir para alguns, os espaços físicos e os bastidores do teatro.
Escrever uma nova história simultaneamente, a de dois lugares que se cruzam, que inicialmente nada têm em comum - mas que através da história dos seus imigrantes - se encontram em 2020 para partilhar um espaço comum, entre ficção e realidade. Nasce uma nova zona sem países e sem fronteiras onde as histórias de um teatro e de uma cidade se misturam. Um encontro pela cidade das sete colinas na terra do vale dos sete castelos.
Os atores do Teatro Nacional D. Maria II vão ser por alguns momentos os guias num teatro que eles ainda não conhecem, e questionar as histórias de Lisboa, neste país que acolhe tantos portugueses.
Tudo começou com a vontade de viajar quando não podíamos sair, quando tudo parou e as viagens foram proibidas. A viagem, hoje acessível a todos por meio das novas plataformas, imobilizou todos os viajantes; os que procuram aventura, os que vão com a família e os que viajam para uma escapadela de fim de semana a uma cidade europeia.
Como podemos escapar de tudo quando não podemos nos mover? Como respirar num outro país, numa outra cidade?
A única maneira de fazer uma viagem durante o nosso confinamento era, e muitas vezes ainda é, a imaginação, a viagem mental. Encontrar essas cidades desconhecidas e invisíveis que existem na nossa imaginação. Viajar pelo pensamento no meio dessas cidades sem nunca ter estado lá, esses lugares que já conhecemos ou que não conhecemos, mas cujas imagens constroem a nossa própria cidade imaginária.
A escolha de Fernando Pessoa parecia ser óbvia para este percurso de uma viagem imaginária. Este escritor da "viagem" que no entanto – dos seus dezassete anos até a sua morte – nunca deixou Lisboa, é também o escritor dos sentidos, dos sonhos e da imaginação.
Esta visita guiada inspira-se de What the tourist should see (O que o turista deve ver) um guia pessoal de Pessoa que dá ao turista – que chega a Lisboa de barco no início do século XX – um manual repleto de detalhes e percursos por Lisboa.
[DIS]
Conceito e direção artística Fábio Godinho
|
Mardi 27 OCTOBRE 2020 à 18h30
|
[TICKETS]2020-10-27 18:30:00 29942+2020-10-27 19:00:00 29943+2020-10-27 20:00:00 29944+2020-10-27 20:30:00 29945